No mundo globalizado, as pessoas pararam de consumir produtos apenas com base na qualidade dos mesmos, mas também passaram a levar em conta aspectos sustentáveis, compatíveis com suas crenças. Quer saber mais sobre como isso influenciou o mercado cosmético? Confira aqui!
A causa interessa
A relação do consumidor com as marcas e os produtos está mudando. No seu levantamento Beauty and Personal Care Trends 2018, a Mintel Global afirma que não basta apenas vender um ótimo cosmético: as marcas precisam ter personalidade, criando produtos alinhados às crenças dos consumidores, que se tornam cada vez mais exigentes.
O respeito à natureza (uso responsável dos recursos naturais), a elaboração de produtos que utilizam matérias primas naturais e são livres de exploração animal estão se tornando fatores decisivos de escolha para os consumidores. Assim sendo, temas como sustentabilidade e meio ambiente ainda continuarão em pauta por muito tempo. Esse contexto representa uma grande oportunidade de investimento no mercado cosmético nos próximos anos.
Cenário atual: os números são animadores
Os consumidores querem comprar, além de um produto de qualidade, uma atitude e um estilo de vida. Diversas pesquisas confirmam tais tendências no Brasil e no mundo:
- 42% dos consumidores ingleses de produtos de cuidados pessoais compram aqueles com ingredientes de origem natural porque acreditam que são melhores para o meio ambiente (Pesquisa Mintel Global)
- 41% dos brasileiros têm interesse em maior variedade de produtos de beleza e cuidados pessoais com ingredientes de origem natural (Relatório Varejo de Produtos de Beleza Mintel)
- 57% dos latino-americanos estão dispostos a pagar mais por produtos com alta qualidade e elevado padrão de segurança, 48% por produtos que não agridam o meio ambiente e 39% por produtos que mostrem responsabilidade social (Mintel).
Afinal, quais cosméticos atendem às expectativas desse novo cenário?
Os cosméticos naturais, orgânicos, veganos e cruelty-free estão intimamente relacionados com as novas tendências do mercado. Porém, existem algumas diferenças entre eles.
Cosméticos naturais são aqueles que possuem 95% de ingredientes naturais e os 5% restantes de matérias-primas orgânicas ou sintéticas. Ou seja, possuem baixas quantidades de aditivos químicos e sintéticos. Os órgãos internacionais e nacionais, como o IBD (Brasil) e a EcoCert (França), são os responsáveis por certificar se o produto é de fato natural, e também estabelecem uma lista de ingredientes proibidos em tais formulações. Parabenos, Petrolatos, Triclosan, BHA, BHT e silicone são alguns exemplos desses ingredientes, potencialmente nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Já os cosméticos orgânicos são formulados com matéria-prima bem cultivada e livre de agrotóxicos. Consequentemente, são sustentáveis, ecologicamente corretos e desenvolvidos com ingredientes naturais. Portanto, quando um cosmético é natural, ele não necessariamente é orgânico, porém quando um produto é orgânico ele sempre será natural.
Os cosméticos que não utilizam ingredientes de origem animal, tais como mel, cera de abelha, lanolina, colágeno e albumina, são considerados veganos. Por fim, os cosméticos cruelty-free são aqueles não testados em animais.
É importante saber diferenciá-los: um cosmético vegano é livre de qualquer exploração animal. Logo, não há ingredientes de origem animal e também não são testados em animais. Já um produto cruelty-free não necessariamente é vegano, ou seja, pode conter ingredientes de origem animal.
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Fontes
Caderno de Tendências 2019-2020: ABIHPEC e Sebrae